A Faixa Branca (Shiro Obi) –
graduação (Mu Kyu):
Essa é a cor do desprendimento.
O branco reflete todas as cores. A própria cor dessa faixa indica que o seu portador ainda possui a ingenuidade e deve procurar manter a mente limpa. Entretanto, ele tem em potencial, todas as cores das demais faixas posteriores e assim como o fogo está na pedra, cabe a ele, fazê-lo brotar através da fricção do treino árduo.
A busca nesse grau é pela purificação e transformação, diante do infinito conhecimento que tem diante de si. Essa faixa nos diz que o iniciante deve buscar a humildade e a imaginação criativa, através da limpeza e da claridade dos pensamentos. É a cor síntese do arco-íris e a mais associada ao sagrado, pois simboliza paz, pureza, perfeição e especialmente o absoluto.
Ela nos diz que devemos buscar a pureza, sinceridade e a verdade. Repelindo os pensamentos negativos, procurando elevá-los, para que encontremos o equilíbrio interior, segurança e desenvolvamos o instinto e a memória.
O branco simboliza uma espécie de coringa, para todos os propósitos, é o substituto para qualquer cor, assim como uma tela em branco esperando para ser pintada.
A Faixa Amarela (Kiiro Obi) – 6º Kyu (Rokku Kyu):
Assim como um sol que desponta todos os dias, ela significa que é um iniciante ou um recém-nascido no Karatê, que com o tempo irá crescendo e fortalecendo-se, até chegar a maturidade que corresponde a faixa preta.
Assim como o sol nascente o conhecimento começa a aflorar para o iniciante. Agora ele pode vislumbrar um pouco da iluminação da descoberta e da realidade do que é o Karatê. Entretanto, assim como o amarelo é uma cor primária, isto é, não pode ser formado pela mistura de outras cores, ele também deve manter-se puro dentro da escola de Karatê que escolheu ainda evitando misturar outras coisas aos conhecimentos que está recebendo para não se confundir dentro da senda do verdadeiro Karatê.
Assim como essa cor, essa graduação lhe traz a alegria, a vida, o calor, a força, a glória, o poder mental e representa o descobrimento. Ela lhe desperta novas esperanças no caminho, dando-lhe vivacidade, alegria, desprendimento e leveza. Agora ele deve procurar desinibir-se para desenvolver seu brilho, mas também diminuir a ansiedade e as preocupações, construindo sua confiança, energia e inteligência na solução dos problemas que surgirão.
A cor dessa graduação mostra que o praticante deve reter conhecimentos e desenvolver a luz da sabedoria e da criatividade, e assim como o sol, ela deve trazer a luz para as situações difíceis.
O Amarelo simboliza: criatividade, as idéias, o conhecimento, alegria, juventude e nobreza. Apesar do amarelo estar relacionado ao elemento terra, também é uma cor Yang e representa o descobrimento e a abertura para o conhecimento do Karatê.
A Faixa Vermelha (Aka Obi) – 5º Kyu (Go Kyu):
A cor vermelha sugere motivação, atividade e vontade. Ela atrai vida nova e pontos de partida inéditos.
Essa é a cor do fogo, da paixão, do entusiasmo e dos impulsos. É a cor mais quente, ativa e estimulante. Ainda é uma cor primária que não pode ser formada pela mistura de outras cores, mostrando assim, que o praticante ainda deverá manter-se puro e fiel ao estilo de Karatê que elegeu.
Essa faixa, pela sua vibração, dá mais energia física, mostrando que agora, mais do que nunca é necessária força de vontade para não desistir da conquista dos seus ideais. Persistência, força física, estímulo e poder são seus traços típicos.
Embora o vermelho represente agressividade, perigo, fogo, sangue, paixão, destruição, raiva, guerra, combate e conquista, também simboliza aquilo que deve ser contido pelo seu portador. Esta cor faz com que você se sinta mais vigoroso, expansivo e pronto para avançar adiante em algum sentido evidente. Ela tende a atrair o olhar das pessoas e chamar a atenção. Se você usar vermelho, isso pode indicar que tem ardor e paixão, ferocidade e força. As pessoas que gostam de ação e drama apreciam essa cor. É uma cor de uma energia muito forte e o praticante deve ter o cuidado e a persistência para não se deixar ser vencido por ela e desistir do caminho. Sendo a cor do sangue, o vermelho também está relacionado à vida e à força de uma energia vital máxima. Esta é uma cor Yang.
A Faixa Laranja (Daidaiiro obi) – 4º Kyu (Yon Kyu):
Esta cor é a mistura do vermelho com o amarelo, representado que o conhecimento dos graus anteriores deve estar contido nesta graduação e trazendo as qualidades dessas duas cores. Nos diz que devemos procurar o sucesso no treino diário, agilidade, adaptabilidade, estimulação, atração e plenitude.
Essa cor também simboliza aquilo que o praticante deve buscar: o encorajamento, estimulação, robustez, atração, gentileza, cordialidade e tolerância.
Esta é a cor da comunicação, do calor afetivo, do equilíbrio, da segurança e da confiança. Quem chega nessa faixa deve acreditar que agora tudo é possível, pois essa cor estimula o otimismo, generosidade, entusiasmo e o encorajamento.
A cor laranja mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de vencer. A cor laranja está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Também é uma cor Yang.
A Faixa Verde (Midori Obi) – 3º Kyu (Sankyu):
O verde é uma cor que representa Esperança e a Fé. É a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Ela simboliza harmonia e equilíbrio.
Essa cor, que nos chega depois das cores quentes iniciais, nos dá a impressão de que chegamos a um oásis, depois de atravessar um árduo deserto, mas devemos saber que ainda há mais deserto a vencer.
Ela também representa as energias da natureza, esperança, perseverança, segurança e satisfação, fertilidade. O portador deve procurar desenvolver a sua sensibilidade para se comunicar com a natureza interna e externa a si mesmo.
Significa também a harmonia em que devemos estar com ela, junto com o ar, a água e o fogo, elementos da vida que proporcionam bem-estar ao ser humano.
Essa cor simboliza uma vida nova, a energia, a fertilidade, o crescimento e a saúde. Por outro lado, quando em mau aspecto, mostra um orgulho excessivo, superioridade e arrogância.
O verde é ligado ao elemento madeira e a primavera.
Representa o crescimento, desenvolvimento, natureza e saúde. Também significa a etapa da juventude, estando relacionado a este estado emocional, mostrando assim, que os conhecimentos ainda não se encontram bem claros ou maduros para os praticantes. Ainda lhes falta amadurecer mais e delineá-los melhor.
A Faixa Roxa ou Violeta (Murasaki Obi) – 2º Kyu (Nikyu):
O roxo é uma mistura das cores azul e vermelho. Essa é a cor usada pelos sacerdotes católicos para refletir santidade e humildade.
Ela gera sentimentos como respeito próprio, dignidade e auto-estima.
Esta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia, das transformações e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual.
A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental.
Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Quando em mau aspecto determina manias e fanatismo.
Representa o mistério, expressa a sensação de individualidade, influenciando emoções e humores, mas também simboliza a dignidade, a inspiração e justiça. Gera tensão, poder, tristeza, piedade, sentimentalidade.
Tendo isso tudo em mente, a cor desta graduação nos indica que devemos encontrar novos caminhos e elevar nossa intuição espiritual.
A Faixa Marrom (Chairo Obi)– 1º Kyu (Ichi Kyu):
É a cor da solidificação. Representa a constância, a disciplina, a uniformidade adquirida e a observação das regras mantidas até aqui. Representa a conexão do praticante com o patrono do estilo que lhe foi passado, representado por seus mestres.
Para criar essa cor, você precisa misturar o vermelho com o preto e, portanto, ela tem alguns dos seus atributos. Também representa a autocrítica e a dependência dos mestres para chegar até aqui. Significa que se está completando o processo de amadurecimento, tanto nos conhecimentos técnicos quanto no aspecto mental.
Essa faixa, pela sua cor, emana a impressão de algo maciço e denso, compacto.
Sugere segurança e isolamento. Representa também uma poluição que deve sempre ser limpa, através da prática fiel aos princípios do Budô.
Uma pessoa que gosta de vestir-se com marrom por certo é extremamente dedicada e comprometida com o seu trabalho, sua família e seus amigos.
A cor marrom gera organização e constância, especialmente nas responsabilidades do cotidiano. As pessoas que gostam de usar essa cor são capazes de ir “à raiz das coisas” e lidar com questões complicadas de forma simples e direta. São pessoas “sensatas”.
A Faixa Preta (Kuro Obi) – 1º Dan (Sho Dan):
É a junção de todas as cores. Enfim o corpo e a mente chegaram ao final de uma jornada e ao início de outra mais elevada. A faixa na cor preta, representa humildade, autocontrole, maturidade, serenidade, disciplina, responsabilidade, dignidade e conhecimento. É a cor do poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está dentro não sai.
Observa-se que na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a cor da morte, do luto e da penitência, mostrando assim o estado mental de quem atingiu essa graduação.
Em geral, essa cor é usada por pessoas que rejeitam as regras convencionais ou são regidos por outras normas sociais, como é o caso dos padres ou dos guerreiros que seguem o Budô.
Essa cor também nos dá uma noção de tradição e responsabilidade. É a ausência de vibração da “não cor” que dá a sensação de proteção ou afastamento.
Por outro lado, absorve, transmuta e devolve as energias negativas, transformadas em positivas.
A meditação nessa cor permite a introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial.
Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas. O excesso traz melancolia, depressão, tristeza, confusão, perdas e medo. A cor preta relaciona-se ao elemento água que adapta-se a todas as formas e contorna todos os obstáculos. É o símbolo do máximo Yin.
para subir de niveis voce pressisa de aprender os katas de cada faixa.
significado de kata:
Kata (型, forma?) é uma sequência de movimentos — técnicas de ataque e defesa — cujo fito é proporcionar ao praticante o apredizado mais aprofundado da arte e, simultaneamente, experiência de luta. Também é conhecido por "balé da morte". Antes do advento do caratê moderno, e da criação de métodos mais básicos e simplificados de transmissão do conhecimento, a arte marcial era ensinada somente pela prática ostensiva de kata.
O kata possui outras facetas além do treinamento físico. Cada forma possui, também, um componenete psicológico, pois prepara o carateca para um combate real, e um componente filosófico, que busca transmitir valores e pensamentos críticos, para avaliar as situações serenamente, situações essas não limitadas a embates físicos.
Sua finalidade
Os katas, segundo ensinamento dos grandes mestres, são a essência do estilo de caratê. Neles estão contidas as técnicas de grandes mestres, representando cada um deles uma situação diferente pela qual o carateca pode enfrentar, sendo que seus significados somente serão compreendidos, na verdade, por aquele que os pratica com maior frequência.1
Um grande mestre, no passado disse que um kata só deve ser mostrado a outros quando ele for praticado 10.000 vezes. Com uma prática dessa quantidade, pode-se realmente alcançar o real significado de cada técnica contida no Kata, e não a simples ordenação dos movimentos, pois o kata não deve ser dublado, mas sim vivido, e deve-se incorporar a situação para que ele possa vir a ter um proveito real para o praticante.
OS KATAS DO ESTILO SHOTOKAN:
CADA FAIXA DE KARATE TEM SEUS PROPRIOS KATAS QUESÃO:
FAXA BRANCA:01 - HEIAN SHODAN
Paz e tranquilidade (nível inicial)
02 - HEIAN NIDAN
Paz e tranquilidade (nível dois)
03 - HEIAN SANDAN
Paz e tranquilidade (nível três)
FAXA AMARELA:04 - HEIAN YONDAN
Paz e tranquilidade (nível quatro)
05 - HEIAN GODAN
Paz e tranquilidade (nível cinco)
06 - TEKKI SHODAN
Cavaleiro de ferro (nível inicial)
FAIXA LARANJA:07 - TEKKI NIDAN
Cavaleiro de ferro (nível dois)
08 - TEKKI SANDAN
Cavaleiro de ferro (nível três)
09 - BASSAI DAI
Romper a fort
FAIXA VERDE:10 - KANKU DAI
Contemplar o céu
11 - JITTE
Dez mãos (ou dez técnicas)
12 - HANGETSU
Meia lua
FAIXA ROXA:13 - ENPI
Vôo da Andorinha
14 - GANKAKU
Grou (tsuru) sobre a rocha
15 - JION
Amor e gratidão (Jion é o nome de um templo)
FAIXA MARROM:16 - BASSAI SHO Romper a fortaleza
17 - KANKU SHO Contemplar o céu
18 - CHINTE Mãos estranhas (ou técnicas estranhas)
FAIXA PRETA:19 - UNSU Mãos de nuvens (ou separando as nuvens)
20 - SOCHIN Espírito inabalável
21 - NIJUSHIHO 24 passos
22 - GOJUSHIHO DAI 54 passos
23 - GOJUSHIHO SHO 54 passos
24 - MEIKYO Espelho limpo
25 - JIIN Amor e proteção
26 - WANKAN Coroa real
ALEM DISSO NO KARATE APREMDEMOS SOBRE TEKINICAS GOLPES E BASES DE LUTAS:
BASES:
Ayumi dachi (歩み立ち?) faz-se com o tronco ereto mas com os joelhos flexionados, baixando o centro de gravidade. Na grande parte das vezes é executada ao se movimentar,é uma postura intermediária - o que é denotado de seu próprio nome ("postura de passo", numa tradução livre)2 -. Uma vez que o carateca deve manter-se sempre estável e não variar o seu centro de gravidade ao se deslocar, tanto avançando quanto recuando, executa-se a base na metade do deslocamento. Outro ponto importante da base é o controle e a conservação da energia, evitando o seu desperdício com a eliminação de variações parasitárias da altura e, bem assim, ao assimilar alguns ataques de agarramentos e arremessos (katame waza/ne waza e nage waza).
Noutras artes marciais, como kendo, a postura é chamada por aymui ashi. Por outro lado, no caratê trata-se mesmo de uma base, é utilizada nos treinos de kihons ou em técnicas específicas, como é o caso dos mae gueri, em decorrência do centro de gravidade já se encontrar baixo, sendo ayumi ashi uma forma de movimentação.
Heisoku dachi (閉足立ち?) é formada com os pés e as pernas permanecem paralelos e unidos. Aparentemente simples, a postura possibilita ao lutador tomar noção mais precisa da linha central de seu corpo, o que possibilita intuir o campo de abrangência das técnicas de ataque e defesa. Todas as demais bases derivam dela, por exemplo, abrindo-se os pés em 45°, obtém-se Musubi dachi, ou, na sequência, fazendo paralelos os pés, obtém-se heiko dachi e assim por diante.3 4
Musubi dachi (結び立ち?) é formado desde Heisoku dachi mantendo-se juntos os calcanhares e as pernas, mas com os pés um ângulo de 45º, aproximadamente, mas diferentemente daquela, cujos significado e aplicações são vários e dependentes da situação concreta, o escopo precípuo de Musubi dachi é estabelecer uma consciência, estabilidade de guarda, a qual proporciona (em si mesma) proteção em várias direções ao mesmo tempo. Destarte, as relações do budô, ao fazer cumprimentos e/ou reconhecimentos e, bem assim, no começo e no fim dum kata, são sempre feitas nesta posição, sempre pronto para um ataque. A posição é usada em saudações no início e término dos treinos.
Existe, por outro lado, um outro sentido mais amplo para a base. É que a palavra musubi é geralmente escrita com caracteres que significam para "concluir" ou "fechar", mas pode também ser escrita com caracteres que querem dizer "inúmeros" ou "infinito". Neste aspecto, portanto, o conceito da base traria consigo a conotação de infinitas possibilidades ou que o lutador está preparado para enfrentar quaisquer situações, de luta ou não.
Chumoku dachi (注目立ち ou 柱木立ち?) é formada com os pés posicionados em ângulo de 90°, mantendo-se os calcanhares unidos.
Heiko dachi (平行立ち?), ou kaisoku dachi (開足 立ち), é uma postura bastante natural, permanecendo paralelos tanto pés quanto pernas à distância dos ombros.5
Hachiji dachi (八字 立ち?), kunoji dachi (くの字立ち) ou tsune dachi (常 立), é formada numa postura bastante natural, com pernas eretas e paralelas à distância dos ombros e os pés abertos em aproximadamente 45°.3 5 Devido a essa naturalidade, frequentemente denomina-se a postura como shizentai (自然体) ou shizentai dachi (自然体立), cuja tradução é "postura natural". Todavia, Shizentai é mais afeta a um conjunto de postura e atitue, uma evolução natural do treinamento que começa com kamae.
Na maioria dos estilos, assim é tratada a base, porém, no estilo Kyokushin, ela é conhecida por fudo dachi.6
Uchi hachiji dachi (内八字立ち?) é composta desde a base hachiji dachi, mas invertendo-se as posições dos pés para dentro, isto é, o vértice do ângulo mudam do calcanhar para a ponta dos pés.
Moroashi dachi (両足立ち?), ou kuzure heikō dachi (崩れ並行立ち), é feita com uma perna avançada até a distância de um pé e abertura lateral equivalente à dos ombros.7 2
Sanchin dachi (三戦立ち?) é composta de forma parecida à moroashi dachi, o um pé avança somente até a distância de outro pé. Mas o pé avançado aponta para dentro e os joelhos ficam flexionados para dentro e os pés pressionam firme o chão. O tronco fica ereto. E os quadris contraem. Contrai também a musculatura das coxas e nádegas, no fito de travar o tanden. Esta postura proporciona excelente solidez para a execução de técnicas defensivas e evasivas, que devem ser realizadas controle da respiração (ibuki), cuja finalidade é o correto trabalho da energia (ki).
A estabilidade da postura é advinda da largura lateral da abertura das pernas e de sua distância e conformação dos pés, proporcionando solidez tanto na direção esquerda-direita quanto frente-trás e, bem assim, deixa o lutador em posição confortável para o giro da cintura e aplicação de golpes das pernas e das mãos. Como as pernas ficam flexionadas para dentro, outra característica da base é a proteção do ventre e da virilha.
Teiji dachi (丁字立ち?), ou choji dachi (丁字立ち, chōji dachi) é feita com apoio maior do corpo no pé traseiro, que fica posicionado num ângulo de 90º em relação ao dianteiro, com o calcanhar do pé frontal, em caso de recuo, tocando o meio do pé traseiro. O nome da base vem da forma do caractere kanji 丁.
Teinoji dachi (ティ の字立ち?) lembra também ao kanji 丁, pero o pé frontal resta com o calcanhar rente à ilharga do pé traseiro no centro.
Renoji dachi (レの字立ち?) é feita, como em teji dashi, com apoio maior do copro no pé traseiro, que fica posicionado num ângulo de 90º em relação ao dianteiro. A distância entre os pés é a largura dos ombros, ficando o pé frontal apontado diretamente para frente. Caso seja necessário recuar, o pé dianteiro tem possibilidade de o fazer, tocando-se os calcanhares. O nome da base vem da forma do caractere kanji レ.
Ukiashi dachi (受足立ち?) é, de certa modo, a consequência do relaxamento da base nekoashi dachi e em muito se parece com Renoji dachi, mas a perna frontal permanece com o pé apoiado em koshi e o peso apoia-se mormente na perna traseira.8 4
Suriashi dachi (摺り足立ち?) é uma forma de relaxamanto da base gyaku nekoashi dachi.
Kugiashi dachi (釘足立ち?) tem o peso do corpo apoiado numa das pernas, posicionando o pé frontal sobre o pé de apoio, isto é, com a ponta dos pés, daí o nome da postura ("base da ponta dos pés", em tradução livre).6
Ippon ashi dachi (一本足 立ち?) faz com que o carateca sustente seu peso numa perna exclusivamente. Diferentemente de katashi dachi ou sagiashi dachi, em cuja formação a perna soerguida resta lastreada na articulação do joelho da perna firmada no solo, a perna suspensa resta totalmente "flutuante". Trata-se de uma postura de vocação defensiva e que proporciona bloqueios; serve ainda para defender a base moroashi dachi contra ofensivas à perna frontal.
Em que pese ser uma postura defensiva, porque a perna suspensa encontra-se livre, com esta pode-se promover um ataque/defesa para frente ou para trás (com ushiro geri); pode-se também inverter a guarda aproveitando da inércia co'a perna suspensa.
Tsuruashi dachi (鶴足立ち?), gankaku dachi (岩鶴立ち), gagiashi dachi (鷺足立ち), kakuritsu dachi (鶴立立ち ou hakutsuru dachi (白鶴立ち), é feita apoiando-se o peso numa das pernas8 , que fica semi-flexionada, fixando a outra com o pé atrás do meio da perna de apoio.9 Por causa de sua similitude com katashi dachi, alguns tratam-nas como se fosse uma só postura.4
Katashi dachi (硬足立ち?), ou gisho dachi (ぎ小立ち), forma-se com o carateca a apoiar seu peso numa das pernas, fixando a outra com o pé em frente ao joelho da perna de apoio.10 É muito assemelhada a tsuruashi dachi, o que lava a alguns estilos a não fazerem distinção entre as posturas, tratando-as como se uma fossem, apenas cuidando de variação.7 11
No estilo Shotokan-ryu, a aparece no kata Enpi.
As posturas de média altura têm por escopo reunir o melhor das altas e baixas, ou mobilidade e estabilidade. Ainda que as bases altas possibilitem maior fluidez no deslocamento e as baixas, maior firmeza, durante um kumite, as bases médias mostram-se mais adequadas a uma situação de enfrentamento, pois permitem aliar as duas características e são mais naturalmente assumidas.
Filosoficamente, ensina-se que o "caminho do meio" é o mais seguro, ou seja, não se deve priorizar os extremos, nem para mais, nem para menos.
Esta óptica não é particular aos povos orientais. Cita-se, como exemplo, os ensinamentos de Moisés, no Egito, ou os do Rambam, de Espanha. De igual modo, o karateka, quando em kumite (ou qualquer outra situação), deve assumir uma base média, restar sereno, pois poderá recuar para uma base alta ou ser ofensivo numa base baixa. As bases médias o ponto de convergência das técnicas, altas e baixas.
Su dachi (守 立ち?), ou hangetsu dachi (半月立ち), é feita com o peso do corpo distribuído uniformemente nos pés, as articulações dos joelhos permanecem flexionados para dentro no fito de proporcionar proteção adicional, a distância entre os pés é mediana, aproximadamente a mesma de naihanchi dachi, e os mesmos são apontados para dentro 12 .
A movimentação dentro desta postura dá-se tanto adiantando quanto recuando, e os pés fazem um movimento que lembra a forma da lua em quarto crescente, dai a sua denominação também de "base da lua crescente". A postura assemelha-se em forma e versatilidade a Zenkutsu dachi. Devido à sua firmeza (em forma de ampulheta), é adequada tanto ao ataque quanto à defesa, com mais ênfase para defesa. A base é executada mormente no kata homônimo.7
Hebi dachi (蛇立ち, postura de serpente?), feita com o praticante com posicionamento dos pés similar ao de renoji dachi mas com as pernas genuflexionadas.
Moto dachi (素 立ち? ou 基立ち) possui a distância entre os pés é de aproximadamente dois pés, restando as pernas ligeiramente flexionadas e abertas lateralmente à largura dos ombros, o pé dianteiro aponta para frente e o traseiro, pouco aberto. Nesta base na maioria dos estilos compõe-se a postura básica para enfrentamento.3 13
No estilo shotokan-ryu, a base aparece no kata Heian shodan; já nos shito-ryu, goju-ryu e outros nos quais as basses são mais altas, é mais comum.
Han zenkutsu dachi (半前屈立ち?), sho zenkutsu dachi (小前屈立), pinan dachi (平安 立ち) ou futsu dachi (普通 立ち, futsū dachi)[a], é uma modificação da base zenkutsu dachi na qual, em relação à base moto dachi, alguns recuam ou avançam ligeiramente inferior a distância entre os pés, mantendo, contudo, a inflexão do joelho na perna traseira é reta no joelho; no entanto a divergência precípua é de que em Moto dachi o praticante relaxa a articulação do joelho da perna traseira, permanecendo tencionada em Zenkutsu dachi.14
É uma postura comum nos estilos velhos, como Shorin-ryu, ou mesmo em estilos mais novos, como o Goju-ryu e Wado-ryu, mas que conservam maior conexão com as práticas tradicionais.15Aparece nos katas: Bassai, do estilho Shotokan; matsukaze, do Shito-ryu.
Naihanchi dachi (內步進立ち?) tem dispostos os pés pouco mais espaçados que os ombros às laterais, mantendo-se paralelos e ligeiramente angulados ao centro. As pernas e a linha de cintura são tensionados, baixando o centro de gravidade e flexionando os joelhos para dentro7 . A postura assemelha-se à de equitação kiba dachi, a diferença é que os pés são apontados ligeiramente para dentro. O peso deve ser colocado na parte externa do pé e o centro de gravidade devem ser reduzidos. Sua estrutura, posto que não seja particularmente estável contra impulsos externos na direção frente-costa, é muito poderosa contra um ataque pelas laterais.
A base é a postura do kata naihanchi, dos estilos wado-ryu, shito-Ryu e goju-ryu. No estilo Shotokan-ryu, nos katas da série tekki, que são os correspondentes aos naihanchi, a base é substituída por kiba dachi.11
Jigotai dachi (自護体立ち?) é semelhante à naihanchi dachi, porém com os pés apontando para fora em 45º, aproximadamente; as articulações dos joelhos apontam para frente. Devido a tal abertura, a base ganha estabilidade adicional, fazendo com que o lutador consiga relativo conforto quando obrigado a defletir ataques frontais.
Han kokutsu dachi (半後屈 立ち?) ou sho kokutsu dachi (小後屈立ち?) é uma variante da base kokutsu dachi, co'a mesma abertura de ukiashi dachi executa-se a base na forma de kokutsu dachi. É mormente praticada no estilo goju-ryu.
Han sokutsu dachi (半側屈立ち?), ou sho sokutsu dachi (小側屈立ち), é uma variante da base kokutsu dachi, co'a mesma abertura de ukiashi dachi executa-se a base na forma de sokutsu dachi. É, como sucede entre as bases kokutso dachi e sokutsu dachi, tratada em sinonímia. Aparece no kata Seipai.
Kososku dachi (交足立ち, Kōsoku dachi?)
Bensoku dachi (弁足立ち?) é feita com as pernas cruzadas mas os pés plantados no chão.
Kosa dachi (交差立ち?) é feita despondo-se o pé da frente plantado firmemente no chão enquanto o de trás recai apenas sobre os dedos7 5 , em koshi. Normalmente, a base é usada para recuperação após um salto, mas também pode ser útil como uma manobra tática para um chute com o pé escondido, ou ti pivô evasivo. Aparece no kata Jion.16 5
Kakeashi dachi (駆け足立ち?), ou kake dachi (駆け立ち)[b], é feita apoiando-se o peso numa das pernas, posicionando o pé frontal logo à frente do pé de apoio. Semelhante à kosa dachi, porém a perna mais flexionada e apoiada sobre a ponta dos pés encontra-se na posição frontal, e sucede também de em vários estilos não haver essa distinção.
GOLPES:
Seiken zuki (正拳突き?) são formadas pelos golpes aplicados usando as técnicas de punho fechado. Todavia, a área real de impacto não repousa sobre todos os quatro dedos fechados mas somente entre indicador e médio, haja vista que tal área forma exatamente uma linha reta desde si até o cúbito, além de ser bem menor, o que implica numa concentração maior da energia do golpe. Em verdade, busca-se transformar o antebraço numa espécie de lança.
Nukite zuki (貫手突き?) são golpes aplicados usando as técnicas de dedo em forma de agulha ou lâmina, isto é, são golpes de natureza perfurantes e somente visam pontos determinados, mormente aqueles específicos para de pronto incapacitar. Tais metas são apontadas por conhecimentos de kyusho waza.
Shi zuki (ン突き?) são aplicados usando as técnicas de dedo em forma de bico, com os dedos formando uma ponta sólida.
Tekubi no kaiten (手首の回転? rotação do punho)
Kara zuki (立て突き?) é feito com a rotação do punho em 180º. É a forma básica de choku zuki, da qual todas as demais derivam: o punho atacante sai desde o tanden, com a palma para cima, e vai até o foco do ataque, finalizando-o em seiken.
Tate zuki (立て突き?) é executado rotacionando o punho em 90º, deixando-o "de pé". É uma forma mais relaxada da técnica, o que permite a troca sucessiva mais célere de golpes. Sua origem no caratê busca-se no estilo Tomari-te, que grosso modo desconhecia a técnica com rotação completa do punho, haja vista que esta última técnica seria de emprego arriscado, porque poderia sofrer um contragolpe exatamente no punho, causando extrema dor.2
Ura zuki (裏突き?) é indicado para aquelas situações nas quais o contacto entre os oponentes é muito rente, a técnica é executada à curta distância, mantendo-se o punho com a palma da mão para cima.3 Tal como sucede com a técnica de kara zuki, o punho deve ser rotacionado, assim, desde o tanden encontra-se invertido em relação à posição final da técnica.
Oi zuki (追い突き?) é executado golpeando-se com o punho correspondente ao pé que avança, isto é, executando um passo, o golpe sai de modo simultâneo e assim também finaliza, no momento em que terminar a passada, o golpe tem que atingir o alvo. Oi Zuki também é conhecido como soco com perseguição, posto o lutador desferir um golpe enquanto se dirige até seu oponente, que eventualmente estará ou a fugir ou a recuar.3
Jun zuki (順 突き?) é o soco desferido em guarda normal, isto é, em sintonia com a perna adiantada. Geralmente, usa-se em sinonímia com oi zuki.
Gyaku zuki (逆突き?) é semelhante a jun zuki, só que é executado com o punho inverso ao pé que avança, aproveitando o movimento circular da cintura até mais eficaz. Usa-se mais em contra-ataques.3
Kizami zuki (刻み突き?) é feito sem se alterar a base ou dar um sobrepasso, o lutador gira a cintura (hara) e desfere o golpe com o punho que estiver à frente (junto com a perna avançada). A potência da técnica está toda no movimento do corpo, da cintura. Serve mormente como bloqueio ou como "sombra" para execução de outro golpe.
Nagashi zuki (流し突き?) é executado esquivando-se, isto é, quando o lutador movimenta-se diagonalmente de modo a desviar dum ataque, o golpe é desferido em posição semi-circular, a cintura move-se para potencializar a energia.
Naoshi zuki (流し突き?), ou ren zuki (連突き?), é uma seqüência de socos.
O golpe inicial sai reto, mas o braço — ude — gira logo ao fim do percurso impulsionado pela rotação da cintura. A técnica visa principalmente o plexo solar:5 o primeiro golpe atinge a resgião, retirando o fôlego do adversário ao despejar a energia contra o diafragma, enquanto o segundo golpe atinge ou o fígado ou o baço. Adicionalmente, o segundo golpe possui potencial defensivo, pelo que é capaz também de desviar um contragolpe.
É encontrado este golpe nos katas fukyugata ni, bassai e rohai.
O Awase zuki (合わせ突き?) é um soco em forma de "U" ou "V", executado mormente com o braço superior em posição inversa à perna que avança. A trajetória de ambos os golpes são direcionadas juntas.
Tekubi no kiseki (手首の軌跡? trajetória do punho)
Choku zuki (直突き, soco direto?) é executada partindo o punho de ataque armado ao lado do copo,3 rente ao hara, em movimento direto e rotacionado até o alvo; o cotovelo permanece sempre rente ao corpo, no fito de também defletir eventuais contra-ataques.6
Há duas formas de execução: em trajetória direta em ângulo e linearmente no eixo central do corpo. Quando se executa em movimentação de "caminhada", de passo — como durante uma luta (kumite) —, não deve se resumi-la apenas nos movimentos de braços e mãos, o cerne não se exaure nela mesma, ao contrário, o escopo é canalizar toda a energia (ki) na extremidade do punho.
A postura influencia sobremaneira e o lutador deve executar harmonizando o corpo com o movimento circular de cintura, o qual transferirá o movimento cinético dos passos (e idealmente da Terra) para o ponto de contato. Importante ainda o praticante manter, ao caminhar, a mesma altura (ayumi dashi), de forma que o esforço seja mínimo e o equilíbrio não seja afetado.
A origem da técnica na cércea do caratê repousa principalmente no estilo Shuri-te,7 no qual é mais praticada a forma em seiken. Tanto que se refere a oi zuki e gyaku zuki como sinônimos de choku zuki.
Age zuki (揚げ突き?) é executado ascendendo o punho. Diferencia-se do Choku Zuki Jodan porque neste o punho segue uma trajetória direta, desde o tanden até o rosto do adversário e, emage zuki, o punho move-se tal e qual um pêndulo. O golpe aparece no kata Enpi, do estilo Shotokan.
Gedan zuki (下段突き?), ou otoshi zuki (落突き?), é semelhante a age zuki, pero o punho vai em direção descendente. Dependendo so estilo praticado, o punho pode seguir ao alvo numa trajetória reta simples ou conjugada a um movimento semicircular.
Yoko zuki (横突き?) é direcionado para a lateral do corpo. Recomenda-se usar da técnicas apenas em bases altas, como sanchin dashi, no fito de possibilitar o giro de cintura e conduzir adequadamente a energia.
Heiko zuki (平行突き?) compreende dois golpes diretos executados juntos com os braços paralelos.
Morote zuki (諸手突き?) é similar a heiko zuki, mas os punhos deslocam-se como se se encontrar fossem no alvo: os braços ao fim do movimento formam um triângulo com o tronco.
Sayu zuki (左右突き?) é muito similar a yoko zuki, porém saem dois golpes simultâneos a ambos os lados, fazendo com que o corpo assuma a forma de T. A contrário do que se pode imaginar a priori, não se trata exatamente de dois golpes dirigidos a dois adversários diversos, mas de um golpe que visa canalizar a energia do ataque linearmente contra um único adversário. Em verdade, pode e deve co